Encatho & Exprotel 2024 : como foi o último dia do evento e feira da ABIH-SC

Encatho & Exprotel 2024 : como foi o último dia do evento e feira da ABIH-SC

Encatho & Exprotel 2024 : como foi o último dia do evento e feira da ABIH-SC

A palestra “8 Alavancas do Crescimento Empresarial”, apresentada por Ravell Nava, encerrou na noite de 25 de julho a programação do Encatho & Exprotel 2024 – evento e feira para hotelaria e turismo, com assinatura da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa Catarina (ABIH-SC).

Confira as palestras e painéis no último dia

Em um setor tão exigente quanto o hoteleiro como garantir que aqueles que estão sempre prontos pata atender os outros também recebam o cuidado necessário? Foi com esse questionamento que a manhã da quinta-feira (25), na Sala Joaquina, foi o cenário da palestra inspiradora “Um Olhar Sobre o Papel dos Líderes: Quem Cuida de Quem Cuida? A Relação do Flow com o Bem-Estar Psicológico“, Proferida por Ana Paula dos Santos, ela destacou a importância dos líderes no cuidado dos seus colaboradores no setor hoteleiro. Ana Paula dos Santos, especialista em bem-estar no trabalho e com vasta experiência em liderança e gestão empresarial, abordou como o estado de fluxo (flow) – uma experiência imersiva e focada – pode aumentar a satisfação e o desempenho dos profissionais. A palestra incluiu estratégias práticas para promover o flow no ambiente de trabalho, visando melhorar a qualidade de vida, produtividade e felicidade dos colaboradores.

O painel “Desafios com a Força de Trabalho em Hotéis: Decisões, Dados e Sensibilidade” proporcionou um bate-papo enriquecedor sobre o mercado de trabalho hoteleiro. A explanação discutiu as complexidades e oportunidades do mercado de trabalho hoteleiro, destacando o uso de dados para avaliar a performance dos profissionais e as perspectivas dos colaboradores. Os painelistas foram André Luiz Carvalho, professor e consultor com vasta experiência em gestão e educação e Rogério Bachi, CEO da RB Hotelaria e outros empreendimentos, conhecido por sua paixão por vendas e gestão de pessoas. A moderação foi de Marcelo Piana, Gestor de Comunicação na RB Hotelaria, com mais de uma década de experiência em eventos e comunicação.

A palestra “Transformando Clientes em Líderes”, abordou como empresas podem criar clientes leais e apaixonados. O palestrante William Weber, renomado por seu trabalho em customer experience, utilizou exemplos da Disney e suas próprias metodologias para ensinar técnicas de empatia, storytelling e engajamento. Weber, autor e premiado consultor, fez uma abordagem prática para melhorar a experiência do cliente. “Meu objetivo foi ensinar métodos eficazes para usar no momento certo, garantindo que os clientes estejam preparados para comprar e, eventualmente, se tornem verdadeiros fãs da marca”, enfatizou.

Proferida por Marcelo de Oliveira, a palestra “A importância da assessoria jurídica para o setor de turismo e hospitalidade”, encerrou as atividades da manhã da quinta-feira na sala Joaquina. Dr. Marcelo abordou a relevância da assessoria jurídica no setor, destacando como ela é crucial para garantir a conformidade legal e a segurança nas operações das empresas. Ele discutiu conceitos jurídicos aplicados às relações de consumo e serviços turísticos, enfatizando a importância de uma assessoria eficaz. “Meu objetivo é capacitar profissionais do setor, aumentando a qualidade dos serviços e proporcionando maior segurança jurídica para viajantes e consumidores”, relatou Marcelo, que é sócio do CMO Advogados, assessor jurídico de importantes entidades do setor turístico e membro ativo de diversas organizações internacionais de turismo e advocacia.

O painel “A Transição Energética e as Oportunidades para o Mercado Hoteleiro e de Serviços” abriu as atividades matinais da quinta-feira na Sala Jurerê, destacando a expertise dos renomados especialistas Luciano Gentilini e Thiago Girardi, sob a moderação de Carlos Roberto Klaus. Os especialistas discutiram como o consumidor atual pode se tornar um cliente no futuro, passando a gerar sua própria energia ao invés de depender do mercado cativo. No mercado livre, além da economia significativa, a energia utilizada será renovável. Thiago destacou que no setor hoteleiro, a migração para o mercado livre pode resultar em economias de até 50% durante os horários de maior consumo. Mesmo os estabelecimentos que já utilizam placas fotovoltaicas podem ampliar essa economia ao migrar para o mercado livre de energia. Thiago apresentou quatro possibilidades de benefícios aos participantes.

Outra vantagem de se tornar um autoprodutor de energia é a isenção dos encargos determinados pela ANEEL. No cenário atual, com a bandeira verde, a economia média pode variar entre 20% a 35% ou 40% a 55%, dependendo da migração para o mercado livre. Segundo Thiago, o cronograma para essa transição é fácil, simples e transparente. Luciano apresentou um case de sucesso envolvendo um grupo de quatro hotéis que geram sua própria energia. Ele ressaltou que a maioria dos hoteleiros está no grupo B, que permite a geração própria de energia. Questionando a audiência, Luciano perguntou: “Por que investir em uma usina de energia solar própria?”. A resposta veio com argumentos sólidos: a valorização comercial do empreendimento e a compensação de energia na conta de luz do hotel.

“A arquitetura da hospitalidade precisa ser bela, funcional e capaz de despertar emoção. Integrar tecnologia e hospitalidade, estimulando os cinco sentidos sob a ótica da arquitetura — visão, olfato, audição, tato e paladar — é essencial. Através desses sentidos, é possível criar experiências únicas para hóspedes em hotéis ou pousadas”. A afirmação foi feita pela arquiteta Liege Chiaradia na palestra “Encontrando a alma da sua hospitalidade e criando valor com espaços memoráveis”.

Na explanação, Liege destacou que “quem quer atender todo mundo, não atende ninguém”, enfatizando a importância de conhecer e segmentar o público-alvo para proporcionar um atendimento mais personalizado e eficiente. Ela iniciou a palestra apresentando o projeto Surfland, o primeiro parque de ondas surfáveis em Garopaba. Liege se emocionou ao falar sobre o Surfland, descrevendo-o como “uma fábrica de alegria”. Além disso, Liege abordou as diferenças entre reforma e retrofit, compartilhando sua experiência com a obra de retrofit da pousada e centro de eventos do santuário CEIC. “Foi uma obra gigantesca, valorizando o que já existia e agregando novos elementos de sustentabilidade e acessibilidade”, afirmou.

O presidente da Acaert, Fábio Bigolin, apresentou o painel, “A força do Rádio e da TV para impulsionar o turismo a rede hoteleira de SC”. Ele apresentou formatos de mídia e de conteúdo para divulgar e atrair clientes, porque oito em dez catarinenses ouvem Rádio. De acordo com ele, é preciso olhar para os meios de Comunicação como um todo, para fortalecer a indústria do turismo catarinense. Também destacou o grande alcance e penetração desses meios de Comunicação, permitindo a divulgação eficaz de destinos turísticos e ofertas especiais. “Combinados com as mídias digitais, o rádio e a TV são opções estratégicas e de bom custo-benefício, oferecendo credibilidade e a capacidade de criar narrativas envolventes”, ressaltou Fabio Bigolin.

João Paulo Kleinübing, diretor financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), apresentou a palestra “Crédito que transforma vidas“, abrindo as atividades da tarde de quinta-feira na Sala Jurerê. Kleinübing abordou as diversas linhas de crédito oferecidas pelo BRDE, que visam fomentar o desenvolvimento, a inovação e a sustentabilidade, impulsionando a competitividade de empreendimentos de todos os portes na região sul, com destaque para o setor turístico em Santa Catarina. Ele enfatizou que o banco atende micro, pequenas, médias e grandes empresas, além de agricultores, cooperativas, prefeituras, comércio e serviços.

Em 2023, o BRDE investiu mais de R$ 5,8 bilhões na economia dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, atuando em áreas como agronegócio, indústria e comércio. Outro ponto importante da palestra foi a participação do BRDE no Fundo Geral de Turismo (Fungetur), que destina R$ 500 milhões para o setor, beneficiando empreendedores com recursos para reformas, modernização, aquisição de equipamentos e capital de giro.

No cenário competitivo atual, o marketing digital é essencial para o setor hoteleiro e turístico. A internet tornou-se a principal fonte de informações para consumidores que planejam viagens, escolhem acomodações e fazem reservas. Uma presença online robusta e estratégica é crucial para atrair e converter hóspedes. As abordagens foram tratadas na palestra “Marketing Digital: Táticas Avançadas para Multiplicar suas Reservas Diretas”, apresentada por Danilo de Carvalho, CEO da Reprotel, que compartilhou táticas avançadas de marketing digital para hotéis, pousadas e resorts. Danilo possui mais de 10 anos de experiência e já trabalhou com centenas de hotéis, oferecendo um conhecimento profundo e prático sobre o que realmente funciona no marketing digital hoteleiro.

A palestra foi uma oportunidade para profissionais da hotelaria aprenderem com um dos maiores especialistas do setor. As estratégias apresentadas por Danilo de Carvalho são baseadas em anos de experiência e no profundo conhecimento das particularidades do mercado hoteleiro. Implementar essas táticas pode aumentar significativamente as reservas diretas, reduzindo a dependência de OTAs (Online Travel Agencies) e aumentando a lucratividade dos negócios

A palestra “Boas Práticas de Compras na Hotelaria: Estratégia ou Simples Operação?”, foi ministradapor Pedro Lopes Cardoso, líder de Procurement para as Américas da ASTORE. Ele defendeu que a área de Compras deve evoluir de um simples centro de custo para um pilar estratégico, essencial para o crescimento financeiro dos hotéis. Também Destacou a importância de focar não apenas na redução de custos, mas também na qualidade e inovação. Na palestra, Pedro Lopes enfatizou a relevância das alianças estratégicas e da otimização operacional, afirmando que essas práticas, juntamente com a sustentabilidade e o uso de tecnologia, podem gerar um impacto positivo duradouro na operação hoteleira. “A abordagem estratégica, aliada à tecnologia e sustentabilidade, é crucial para transformar desafios em oportunidades no setor de Compras da hotelaria. E adaptação e inovação são fundamentais para o sucesso futuro da área”, disse Pedro Lopes.

A palestra “A Robotização da Área Financeira na Hotelaria”, foi apresentada por Claudio Azevedo que abordou os desafios em segurança e produtividade na área financeira, destacando a tecnologia como uma aliada essencial. Ele enfatizou a importância de impulsionar a hospitalidade, especialmente em tempos de crescente robotização.

Azevedo observou que, em bares e restaurantes, soluções automatizadas para pedidos e meios de pagamento podem proporcionar uma economia de até 40 horas mensais em processos manuais repetitivos e de conciliação. Soluções mais avançadas, segundo ele, podem resultar em ganhos significativos, economizando até 80 horas mensais. Além de beneficiar os hóspedes com processos mais ágeis para check-in, check-out e reservas, essas tecnologias também melhoram a eficiência operacional. “Todo processo manual está sujeito a erros e demanda tempo. Com as tecnologias, garantimos segurança e agilidade”, afirmou Azevedo.

Ele destacou que a robotização em rotinas administrativas e financeiras, como a automação de compras, integrações contábeis e lançamentos de notas fiscais, pode gerar uma redução de até 60 horas mensais. Segundo Azevedo, somando todas as economias de tempo, é possível alcançar uma redução total de até 220 horas mensais.

A palestra “A Gestão Estratégica de Pessoas para o Crescimento Sustentável do negócio”, foi apresentada por Uiara Ramos Uller, coordenadora do Programa de Gestão e Vivência Empresarial PGVE na ACE Base ACIRS. Ela enfatizou a importância da gestão estratégica de pessoas para o crescimento sustentável dos negócios, destacando a necessidade de encantar e atrair profissionais. Uiara sugere que as empresas devem se questionar sobre sua marca e diferenciais em relação aos concorrentes, tratando os colaboradores como embaixadores e formadores de opinião.

A palestrante alertou que o descontentamento dos colaboradores pode prejudicar a imagem da empresa, independentemente de um marketing bem-feito. Também destacou que, assim como é vital conhecer os clientes, é igualmente crucial conhecer e entender os colaboradores. “É pior não treinar um funcionário e vê-lo permanecer na empresa do que treiná-lo e vê-lo partir”, conclui Uiara, graduada e administração e Pós-Graduada em Gestão de Pessoas, com quase 20 anos de vivência, aprendizado e desenvolvimento em Recursos Humanos.

O painel “Definindo o Futuro da Lavanderia em Hotéis: Análise Decisiva entre Terceirização e Investimento Interno”, contou com a expertise dos painelistas Alexandre Diniz, distribuidor de máquinas de lavar roupas profissionais e Luiz Eduardo Aléssio, diretor comercial da HigiePro, tendo como moderador Jean de Lima, CEO da JJ Hotels Group.

Alexandre Diniz, fez uma análise comparativa entre terceirização e investimento interno. Segundo ele, possuir uma lavanderia própria oferece controle total sobre os processos, garantindo qualidade consistente das roupas de cama e banho, resposta rápida às necessidades dos hóspedes e menor quantidade de enxoval, com três trocas. Já a terceirização proporciona previsibilidade de despesas com base no contrato de prestação de serviços, permite o foco no core business do hotel e oferece flexibilidade para ajustar a capacidade de serviço conforme a demanda.

Luiz Eduardo Aléssio complementou que ambas as opções possuem custos, benefícios, prós e contras. Uma lavanderia interna oferece controle completo sobre os processos, desde a escolha dos produtos de higiene até as técnicas de lavagem. Em contrapartida, terceirizar pode reduzir custos operacionais e permitir que o hotel se concentre em outras áreas essenciais do serviço. Para Jean de Lima, moderador do painel, o fundamental é fazer a escolha correta com base em uma relação franca e técnica com o fornecedor, que poderá avaliar e auxiliar na decisão através de cálculos considerando o número de quartos, troca de enxoval, quantidade de lavagens, além da qualidade do enxoval e dos produtos químicos utilizados.