Setor hoteleiro do Litoral Norte gaúcho é contra o Decreto Estadual que estabelece medidas de prevenção da Covid-19

Praia de Tramandaí - Verão no Litoral Norte Gaúcho
Praia de Tramandaí – Verão no Litoral Norte Gaúcho

Réveillon e Verão 2021 no Litoral Norte Gaúcho

Setor hoteleiro do Litoral Norte gaúcho é contra o Decreto Estadual pró prevenção da Covid-19

Matéria publicada no sábado (05.12) no site da Rádio Guaíba destaca que o setor hoteleiro do Litoral Norte gaúcho está indignado.

Presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares do Litoral Norte e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Sul (ABIH-RS), Ivone Ferraz, proprietária de cinco unidades entre o litoral norte gaúcho e Santa Catarina, propõe união dos estabelecimentos e realização de protesto em frente ao Palácio Piratini, se o governador Eduardo Leite (PSDB) não modificar Decreto.

O setor protocolou pedido ao número 1 do Palácio Piratini para suspender o decreto e espera uma resposta até segunda-feira (07.12). A publicação da Rádio ilustra : “Se não baixar na boa, vamos baixar o decreto na marra … Não vamos fechar as portas e não seguiremos decretos. Se todos desobedecerem, vão fazer o quê? Não vai ter cadeia para todos os donos de restaurantes e clientes. Se vier multa, vamos rasgar”, comenta Ivone.

Os estabelecimentos também se organizam em grupos de mensagens pela internet para solicitar a redução de impostos e IPTU.

Decreto Municipal

Entre as medidas do Decreto Estadual, está a proibição da permanência em locais abertos sem controle de público, como praias, parques e praças, onde são permitidas apenas circulação ou prática de exercícios físicos. O banho de sol e banhos de mar estão vedados.

Baixa taxa de ocupação

Hotel em Capão da Canoa amarga queda drástica na ocupação em relação a outros anos. Na sexta-feira (04.12) havia 19 hóspedes para 128 vagas. Em Tramandaí, a mesma situação é constatada em outro empreendimento hoteleiro onde a taxa ocupação máxima é de 30% da capacidade.

A baixa ocupação não reflete na queda do valor das diárias. Os preços na maioria dos hotéis do litoral norte gaúcho são iguais e até maiores. A justificativa é a elevação dos custos operacionais com as ações de prevenção da Covid-19.

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Editorial

As bandeiras esfarrapadas do Distanciamento “Des’Controlado do governo Eduardo Leite estão tremulando com ventos fortes na ocupação de leitos de UTI nos hospitais gaúchos. Os técnicos do governo erraram. Precipitados, liberaram atividades e aprovaram recursos enquanto especialistas alertavam do risco. Lembrar que até as aulas presencias foram autorizadas por Estado e municípios. A ciência e o cuidado com o ser ficaram para trás. Havia outras necessidades, desejos e apelos. A conta chegou. Hospitais estão no limite. Não há atendimento, não há prevenção, não há saúde.

Agora, o estrago na economia será maior. Os governos pagaram os salários e 13º em dia, fato incomum nos últimos anos. Consumo reprimido e consumidor capitalizado representaria ampla movimentação comercial. Mas, comércio está aberto, com horário limitado e com parcela de consumidores com medo de ir às lojas. As festas de Réveillon estão canceladas e com tendência de comemoração online. A tendência responsável, mostra que o verão será com praias interditadas. São muitas limitações. Então, valeu liberar antes ? Valeu a ‘loucura’ de agrupar com amigos em bares e locais públicos ? Valeu correr riscos nas eleições ? Valeu descuidar dos protocolos diários ? Valeu mesmo não ser ‘marica’ ?

Governantes e pessoas foram irresponsavelmente descuidados com os ‘sinais’ que chegavam frequentemente de outros países. O momento é injusto com aquele grupo que optou em manter o isolamento e que manteve os protocolos.

Triste! Muito triste! Constatar que parcela dos brasileiros acreditam que há ‘jeitinho’ para tudo! Que negam fatos, acreditam em remédios que ajudam na prevenção e que a maioria das mortes podem estar relacionadas à outras conformidades e não à Covid-19. Ainda, assim governantes não serão responsabilizados e haverá pessoas acreditando em outras ‘coisas’. É extremamente triste!