Dia da Saúde Ocular
O Dia da Saúde Ocular, comemorado em 10 de julho, chama a atenção da população para a importância da realização dos exames oftalmológicos tanto nos adultos quanto em crianças. Ao contrário do que muitos pensam, só o exame de refração – que calcula o grau dos óculos – não é suficiente para comprovar a saúde dos olhos. É imprescindível medir a pressão ocular para verificar a possibilidade de glaucoma, o fundo do olho para ver se não há alterações do diabetes e inchaço da área central da visão e o cristalino para averiguar a existência de catarata.
De acordo com o oftalmologista da Clínica de Olhos da Santa Casa BH, Luís Felipe Carneiro, a periodicidade do exame varia de acordo com o histórico de cada pessoa e deve ser feito desde o primeiro dia de vida: “uma avaliação oftalmológica básica inclui a medida da pressão intraocular; o exame de refração; de biomicroscopia ou lâmpada de fenda, que avalia os cílios, conjuntiva, córnea, filme lacrimal, câmara anterior, íris, humor aquoso, cristalino, gel vítreo da retina, coroide, movimentação ocular e mobilidade; a ectoscopia, que verifica as pálpebras, cílios, má-formação e defeito genético; e, por fim, o fundo de olho, que faz o mapeamento da retina”.
O alerta serve, principalmente, para os pais. O bebê deve fazer o teste do olhinho (reflexo vermelho) ao nascer para detectar precocemente patologias oculares congênitas. Com 6 meses, ele tem que retornar ao oftalmologista para verificar se passou despercebida alguma alteração congênita ou se está aparecendo catarata, estrabismo ou aumento da pressão. Ao completar 1 ano, é preciso realizar o exame de óculos e ver se há mais alguma outra alteração. Com 1 ano e meio começam a surgir os estrabismos da infância, daí a importância de avaliar a visão, o estrabismo e o mapeamento de retina. A partir de 3 anos – quando a criança entra na escola – o exame deve ser feito para identificar estrabismo e se o grau dos óculos está variando. Dessa idade em diante, a consulta deve ser feita com frequência de um ou dois anos. Vale ressaltar que a periodicidade é alterada caso o paciente apresente algum problema ocular como ceratocone, olho seco, diabetes, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade.