Greve dos caminhoneiros
Caso o abastecimento de insumos não se normalize, 84% das empresas serão obrigadas a suspender as atividades de manufatura na sexta-feira, dia 1º de junho
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) manifesta sua preocupação com os desdobramentos e consequências da greve no abastecimento de matérias-primas e insumos necessários à produção e, em consequência, com as perdas decorrentes da descontinuidade na atividade, da dispensa de pessoal, além da impossibilidade de embarque de produtos prontos aos mercados.
Em levantamento feito entre as principais empresas produtoras, correspondendo a aproximadamente 70% da produção anual do setor, constatou que 49% da força de trabalho da indústria calçadista encontra-se ociosa em razão do desabastecimento e que, na outra ponta, cerca de 32% dos embarques de calçados prontos correspondendo a um mês de atividades encontram-se em depósito nas fábricas, aguardando condições de tráfego para encaminhamento aos compradores.
Caso o abastecimento de insumos não se normalize, 84% das empresas serão obrigadas a suspender as atividades de manufatura na sexta-feira, dia 1º de junho. Caso a situação não se regularize até o início da semana próxima, praticamente todas as fábricas serão atingidas, informa a Associação.
Atualmente o Brasil possui 2,5 mil indústrias de calçados – e mais de 5 mil empresas prestadoras de serviços, que dependem diretamente da atividade, com uma força de trabalho de em torno de 300 mil pessoas. Em caso da não reversão rápida da situação, o impacto atingirá a mais de 230 mil trabalhadores no curtíssimo prazo.