A festa de Réveillon é contagiante, e o que não faltam são barulhos: música alta, buzinas, fogos de artifícios, entre outros, mas mesmo com tanta alegria, os ouvidos são os que mais sofrem. A exposição a esses ruídos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva, que começa com a fadiga do nervo auditivo com zumbidos e incômodos, podendo chegar ao longo do tempo na surdez.
A Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, comenta que o índice da organização Mundial de Saúde (OMS) é que o volume nunca ultrapasse os 75 decibéis. “A nossa voz já alcança entre 40 e 60 decibéis e a buzina de um carro pode chegar a 100 decibéis”, explica. Imaginem o que os fogos de artifícios para comemorar a chegada do Ano Novo podem causar aos ouvidos.
Uma exposição ao som alto por um longo tempo, também pode acarretar sintomas como ansiedade, alteração de humor, irritabilidade e hipertensão arterial, contribuindo para a perda auditiva gradual. Porém, a princípio, as pessoas não se dão conta do problema.
Para a especialista uma boa maneira de prevenir os possíveis danos nos ouvidos é ficarem longe dos fogos de artifício, carros de som e caixas de som, ou seja, de toda a fonte de ruído excessivo. “Outro fator importante é não ficar exposto por períodos longos aos barulhos, além disso, é fundamental ter alguns momentos de silêncio para relaxar o nervo auditivo”, aconselha.
Na realidade, uma grande parte da população já apresenta algum tipo de alteração na audição e o alerta da dra Cristiane é buscar um médico especializado periodicamente para avaliar se existe uma perda de audição ou complicações e realizar exames específicos. Apenas o médico poderá diagnosticar e tratar da forma mais adequada.
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