Expointer 2022 : Raça Holandesa contará com 175 exemplares na feira agropecuária no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio

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Expointer 2022 : Raça Holandesa contará com 175 exemplares na feira agropecuária no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio

A raça Holandesa contará com um total de 175 exemplares na Expointer 2022, que ocorre de 27 de agosto a 4 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Os animais, segundo a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul ( Gadolando ), são de 19 criadores de 16 municípios gaúchos e um município paranaense. O julgamento estará a cargo do norte-americano Marc Bolen, produtor de leite e analista de touros da Select Sires, que será o jurado desta edição.


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De acordo com o vice-presidente Técnico da Gadolando, José Ernesto Ferreira, há uma expectativa muito grande para o julgamento, que ocorrerá nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, pois com o arrefecimento da pandemia os produtores estão procurando participar de eventos. Além disso, há uma boa valorização do leite que é o que mantém as propriedades e isso colabora com o ânimo dos produtores em participar da exposição. “Esperamos que a Expointer consiga ser este evento onde podemos demonstrar a pujança genética e a qualidade dos animais do Rio Grande do Sul, e que se faça uma exposição muito técnica”, explica.

A grande novidade será o espaço para as vacas de pelagem vermelha e branca, que ganharão destaque na feira deste ano. Com realização da Gadolando e apoio da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), ocorrerá um julgamento desta categoria, que terá 18 exemplares participando.

As melhores colocadas de cada categoria vermelha e branca vão concorrer e fazer uma roda para a escolha da melhor fêmea jovem com os animais não paridos e a grande campeã da variedade vermelha e branca dos animais já paridos. “É uma grande expectativa para esta iniciativa da variedade vermelha e branca e acreditamos que vai valorizar muitos estes animais e os produtores que produzem estes exemplares. Será bastante útil ao desenvolvimento desta variedade no Estado e aumentar a participação destes animais em exposições”, observa Ferreira.


Queda na produção diária de leite

Levantamento realizado com 350 produtores de leite no Rio Grande do Sul mostra que a produção diária nas propriedades pesquisadas teve uma redução de 19%, ou seja, de 17 para 13 litros diários por vaca. O reflexo também foi sentido na média de comercialização mensal do produto, que  teve queda de 32%, passando de 12,47 mil litros por mês para 8,47 mil litros por mês na comparação com o ano de 2021.

Segundo o engenheiro agrônomo Armindo Barth Neto, os aumentos dos preços das rações assim como os custos de produção de milho e pastagens nas propriedades subiram fortemente devido à alta dos preços dos insumos, como os fertilizantes, onde a elevação chegou a mais de 100% entre 2021 e 2022. Todo este cenário afetou os produtores principalmente com perda de competitividade, ou seja, menor margem de lucro pelo aumento dos custos de produção, e redução na receita total, já que a estiagem afetou a produção leiteira.

O especialista lembra que a indústria de laticínios vem tentando compensar essa baixa na produção aumentando o valor do litro do leite pago ao produtor. Os produtores pesquisados mostram que o valor médio pago pelo litro do leite no segundo trimestre de 2022 foi de  R$ 2,33, um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2021.  No entanto, esse aumento foi insuficiente, comparando todo o aumento de custos de produção e a queda na produção total de leite no período. Desta forma, Barth Neto sinaliza que as condições desfavoráveis de produção e a queda no faturamento e na renda acabam por desestimular os produtores, que passam a não investir em tecnologia, refletindo na redução de produção e oferta de leite no mercado.

Barth Neto coloca, ainda, que a  escassez de chuvas no Rio Grande do Sul, registrada entre novembro de 2021 e março de 2022, prejudicou a produção de alimentos para as vacas leiteiras, como soja e milho, principais ingredientes das rações, e também a produção de milho silagem e pastagens, principais fontes de alimento volumoso para os animais. Segundo estimativa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho no Estado do Rio Grande do Sul teve uma redução de cerca de 32% em comparação ao ano anterior. No entanto, na média nacional, a produção aumentou aproximadamente 33%. Já para a soja, o volume total produzido foi 50% menor que na safra 2020/2021, enquanto na média nacional a queda foi de 11%.

“Muitas indústrias têm reduzido as suas jornadas de trabalho ou paralisado setores dentro das fábricas. O pouco leite no mercado e a alta concorrência pelo produto, acabam aumentando o preço para o consumidor final. Uma crise como esta, não é boa para ninguém, todos os elos da cadeia são afetados, produtores, indústria e consumidores”, alerta engenheiro agrônomo .


Foto: JM Alvarenga | Texto: Nestor Tipa Júnior