Queijos : conservação e harmonização com vinhos
A chegada do inverno é um estímulo para o consumo de vinhos e harmonização com diversos alimentos.
A combinação de vinhos com queijos, embora bastante difundida, requer cuidado e equilíbrio ideal para realçar aromas, sabores e texturas. A enóloga Marite Dal’Osto destaca algumas dicas básicas para a escolha e combinação dos produtos.
Sofisticado encontro de aromas : o sabor do vinho realça e dá personalidade ao dos queijos e vice-versa
A regra clássica diz queijos frescos ou de pasta mole ( Mussarela, Mussarela de búfala, Minas Frescal, Ricota, queijo Coalho e Brie) combinam com vinhos brancos, levemente aromáticos, vinhos tintos jovens que não passaram por madeira ou espumantes. Queijos de média maturação (Prato, Meia-cura, Cheddar) são adequados para vinhos tintos frutados como o Syrah.
Os queijos de pasta dura e de maturação longa ( Parmegiano, Provolone, Pecorino) servidos como aperitivos ou fora da refeição combinam com espumantes ou vinhos brancos mais encorpados. Quando servidos como último prato combinam bem com vinhos tintos. Os queijos azuis (Gorgonzola, Roquefort, Stilton) vão bem com vinhos espumantes, vinhos brancos aromáticos e com vinhos licorosos de sobremesa. “Como pode ser visto o vinho espumante pode ser usado em qualquer ocasião como um “coringa”, observa Marite.
Escolha e conservação dos queijos
Ao comprar os queijos é fundamental escolher o estabelecimento, sentir o olfato, observar a data de fabricação e a temperatura no local onde estão acondicionados. Os produtos devem ser comprados com no máximo dois dias de antecedência do consumo e precisam ser retirados da geladeira uma hora antes de serem servidos.
Em casa, a conservação deve seguir regras importantes para que cada tipo de queijo preserve as características por mais tempo. Os queijos de massa mole, incluindo Gorgonzola, Saint Paulin, Roquefort e Danablu devem ficar em recipientes fechados na parte de baixo da geladeira. O mesmo serve para os de massa semi-cozida, como Gouda, Itálico, Edam, Gruyère, Morbier, Minas padrão e Prato, se estiverem inteiros. Se forem cortados, devem ser cobertos por pano úmido em local sem grandes alterações de temperatura. Já os queijos duros e defumados ficam melhor na temperatura ambiente até 18° C e cobertos para evitar contato com moscas e fungos.
A seleção dos vinhos
Para a escolha do vinho, Marite recomenda usar como referência o prato que será servido. No entanto, a enóloga destaca que ousadia e curiosidade também podem ajudar na combinação. “Cada um tem seu paladar próprio, que vai melhorando e descobrindo texturas, sabores e sensações a cada novo vinho aberto. Para conhecer uma laranja, você teve que um dia experimentá-la, com o vinho acontece o mesmo. Então seja curioso, compre sempre vinhos diferentes”, aconselha.