Greve dos caminhoneiros
Desde as primeiras horas do de quinta-feira (24.05.18), o Supermercado Zaffari do bairro Menino Deus em Porto Alegre / RS, está com intensa movimentação. Há falta de carrinhos e intensas filas, motivado por número reduzido de caixas abertos e ausência dos tradicionais empacotadores. O tempo de espera nas filas ultrapassa 1 hora. Nos corredores uma disputa de espaço entre os compradores. Também já é percebida a falta de produtos como pães, arroz, feijão, açúcar e sal. Um número expressivo de colaboradores trabalham na reposição dos produtos nas prateleiras.
Supermercados continuam sentindo impactos da greve dos caminhoneiros
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informou por nota na sexta-feira (25.05.18) a que o segmento supermercadista do Estado permanece com dificuldades de abastecimento de produtos em todos os setores e em todo o território gaúcho. O presidente da Associação, Antônio Cesa Longo, reforça que os itens de mercearia, higiene, limpeza e bazar têm um estoque médio de segurança para 15 dias, o que garantirá o abastecimento da população com estes produtos durante a próxima semana.
Entre as mercadorias perecíveis, entretanto, a situação se agrava a cada dia de paralisação. “Supermercados de todo o Estado estão relatando falta de produtos em áreas como açougue, laticínios e hortifrútis. Outra situação que preocupa é a do gás de cozinha. Se os supermercados não conseguirem repor seu estoque, ficarão inviabilizadas as produções de padaria, confeitaria e rotisseria”, informa Longo.
O dirigente da Agas informa, ainda, que os supermercados se solidarizam ao pleito dos caminhoneiros, mas alertam para a urgência da resolução do impasse. “A situação, que hoje é de apreensão, poderá ficar crítica com o passar dos dias. Mesmo se a greve terminar hoje, levará de três a quatro dias para o abastecimento se normalizar”, conclui o supermercadista.
Esse é o tamanho das filas em um supermercado de Porto Alegre. pic.twitter.com/FBTptAlN1N
— Lucas Bubols (@lbubols) 24 de maio de 2018