Crise no Brasil 2018 : Inadimplência do consumidor atinge 61,6 milhões, revela Serasa

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Inadimplência do consumidor

Faixa dos brasileiros acima de 61 anos, embora não seja a mais elevada, foi a que mais cresceu nos últimos dois anos; inadimplência dos jovens foi a que mais caiu
Segundo dados da Serasa Experian, em julho de 2018, o número de consumidores inadimplentes no país era de 61,6 milhões, o segundo maior desde o início da série, realizado em 2016. O recorde da série foi registrado em junho, com 61,8 milhões de inadimplentes. Na comparação com julho de 2017 (60,4 milhões), o índice teve aumento de 1,99%, já na comparação com junho deste ano, houve queda de 0,32%. O montante alcançado pelas dívidas em julho deste ano foi de R$ 272,5 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.426 por pessoa.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico contribui para manter em patamares elevados as taxas de desemprego no país e, consequentemente, os níveis recordes de inadimplência do consumidor. O modelo econômico imposto pelo governo federal voltado a atender os investidores internacionais, grandes empresas e setores produtivos que financiam políticos também são ponto que ajudam a restringir o crescimento do país. Falta do governo federal uma postura com ações voltadas a atender os desejos e necessidades dos brasileiros. Uma amostra são os lucros alcançados pelos bancos públicos ( CEF e Banco do Brasil ) que continuam cobrando juros altíssimos de grande parte dos clientes enquanto repassa vantagens à um grupo seleto. Se os bancos públicos diminuíssem sua lucratividade e criassem linhas de crédito justas para o consumidor e micro e pequenas empresas, haveria uma oxigenação na economia, com a entrada de capital para pagamento de dívidas e compras. Falta vontade do governo para atender a população. O povo só é lembrado nas eleições para captar votos. Depois de eleitos, as ações dos político são em benefício próprio e de seus parceiros.
Inadimplência por faixa etária:
A inadimplência dos idosos, embora não seja a faixa mais elevada, foi a que mais cresceu nos últimos dois anos. Em julho deste ano, 35,1% dos brasileiros com mais de 61 anos de idade estavam com contas atrasadas. Se comparado ao mesmo período de 2016, a inadimplência desse público registrou crescimento de 2,6 pontos percentuais.
A faixa etária mais inadimplente continua sendo a dos adultos entre 36 e 40 anos, com 47,2% dos brasileiros inadimplentes. No entanto, observa-se que, nos dois últimos anos, a fatia de adultos inadimplentes cresceu muito menos do que a dos idosos. Já a que mais caiu foi a dos jovens, registrando queda de 2 pontos percentuais nos últimos dois anos.
Informações por segmentos:
Apesar de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem a maior representatividade dentro do índice, na comparação interanual, a participação desse segmento caiu 1,6 ponto percentual enquanto a participação dos segmentos de utilities, telefonia, serviços e financeira aumentou.
Inadimplência por UF em relação à população adulta:
Alguns estados do Norte como Roraima, Amapá e Amazonas apresentam uma taxa de inadimplência acima de 50% da população adulta enquanto que as pessoas que moram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraíba estão abaixo dos 35%. No Brasil, 40,3% da população adulta está inadimplente.