FecomercioSP orienta cautela para os empresários após queda do índice de confiança do consumidor

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Crise no Brasil Continua

FecomercioSP orienta cautela para os empresários após queda do índice de confiança do consumidor
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano sofreu queda de 9,9%, ao passar de 139,4 pontos em fevereiro para 125,9 pontos em março. A escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
A FecomercioSP alerta aos empresários que o momento é de cautela com os negócios por causa das instabilidades políticas.
A Entidade recomenda que o comerciante seja mais conservador neste primeiro momento e repense os métodos administrativos, por exemplo, os investimentos e objetivos estratégicos da empresa, a fim de ter uma visão mais ampla da gestão do seu negócio.
A FecomercioSP orienta que o empresário evite estoques altos e endividamento e organize os negócios em setores mais produtivos, ajustando, assim, compras, vendas e investimentos adequadamente ao fluxo de caixa. Essas ações serão fundamentais para passar por fases de imprecisão.
Gênero e renda
Os dois quesitos que compõem o indicador caíram neste mês: o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) sofreu queda de 13,2% de 112,2 pontos em fevereiro para 97,4 pontos em março. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) caiu 8,4% – 157,5 pontos em fevereiro para os atuais 144,3 pontos. No entanto, no comparativo anual, ambos registraram altas de 5,8% e 9,8%, respectivamente.
No resultado do ICEA, as maiores baixas foram dos consumidores com renda familiar inferior a dez salários mínimos (SM), queda de 15,1%, ao passar de 106 pontos em fevereiro para 90 pontos em março; e o grupo feminino, que passou de 107,7 pontos em fevereiro para 92,4 pontos em março, decréscimo de 14,2%.
Já no IEC, destacaram-se: consumidores com renda familiar superior a dez salários mínimos (SM), queda de 11,1% – de 170,7 pontos em fevereiro para os atuais 151,8 pontos; e o do grupo com idade superior a 35 anos, baixa de 9,9% – de 160,3 pontos para 144,3 pontos em março.
No comparativo anual, houve alta de 8,5%. O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com a Federação, embora o ICC passe por ajustes no terceiro mês do ano, a expectativa é que o cenário volte à normalidade com as definições políticas em andamento. Com a aprovação das principais reformas, a confiança e o consumo tendem a melhorar a partir do segundo semestre.
Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.
Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.
Editorial
por Fábio juchen, editor de Sortimentos.com

A FecomercioSP promoveu a reforma trabalhista visando entre outras coisas aumentar o índice de emprego. O apoio rendeu somente aos empresários como é de esperar em uma federação voltada a atender os interesses do empregador. Para o empregado, representou perdas de direitos, achatamento na receita e raras vagas de empregos. Agora, a FecomercioSP apoia a Reforma da Previdência e atrela erradamente, querendo criar uma verdade, que a aprovação irá ajudar a aumentar o Índice de Confiança. A Reforma da Previdência é interessante somente para investidores, bancos, empresários e governo. Já para o consumidor, seja ele servidor do executivo ou celetista, irá representar uma perda financeira, portnado, uma queda de receita que afetará diretamente o consumo. Se a falta de emprego, aumento da informalidade, aumento de impostos, taxa de juros elevadas ao consumidor, endividamento, ações das reformas trabalhista e previdenciária afetam o negativamente o consumidor é óbvio que consumo e confiança só tendem a cair. A FecomercioSP como outras entidades empresariais precisam rever suas posições e pensar que exaltar e apoiar o pavão poderá matar a galinha dos ovos de ouro. Estão dando um tiro no pé e ainda vão acabar cometendo suicídio.